Seu filho é um respirador bucal?

Se ele apresenta algumas destas características, fique atento!
Dorme com a boca aberta • Ronca • Baba •Tem pesadelos freqüentes • Sono agitado • É sonolento ou agitado durante o dia • Tem dificuldade de aprendizagem.

Esse é um ditado popular verdadeiro também quando se trata da respiração, porque ao respirarmos pela boca podemos deixar entrar mosquitos e outras coisas indesejáveis à saúde. As consequências da Respiração Bucal estão “na cara” .
A respiração com a boca aberta tende a alterar as funções musculares do rosto, deixando a face com aparência alongada estreita e triste. Quais são as outras repercussões da Respiração Bucal?

  1. Alterações dento-faciais como: • Queixo para trás; • Palato ( “céu da boca”) estreito e profundo; • Apinhamento dentário; • Língua, bochechas e lábios flácidos.
  2. Alterações de postura corporal: • Ombros caídos para frente; • Hiperlordose lombar; • Pés chatos; • Joelhos para dentro.
  3. Rinites, sinusites, otites e amigdalites
  4. Cefaléias (dores de cabeça)
  5. Distúrbio de aprendizagem
  6. SAOS (Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono) – em adultos

Mas, afinal, por que se respira pela boca?

Existem algumas razões básicas pelas quais a criança pode ter dificuldade na respiração nasal, e substituí-la pela respiração bucal: • Falta de amamentação no peito materno; • Uso de chupetas, mamadeiras e outros hábitos orais inadequados; • Aumento das adenóides; • Aumento das amídalas; • Alergias (rinite, sinusite).

Formas de tratamento

Por ser uma doença complexa, exige atuação interdisciplinar: • Odontologia (ortopedia facial e/ou ortodontia):prevenir, interceptar e tratar as maloclusões; • Fonoaudiologia: restabelecimento do padrão respiratório , prevenir e tratar os distúrbios da comunicação (fala, voz, escrita); • Medicina: tratamento das alergias e desobstrução das vias aéreas superiores. • Fisioterapia: corrigir alterações de postura; • Psicologia, psicopedagogia. Fique de olho na boca: Ao perceber que seu filho respira pela boca regularmente, leve-o para ser examinado por um dentista (ortopedia facial), por um fonoaudiólogo ou médico de sua confiança.

Estes profissionais estão capacitados para diagnosticar, orientar e indicar o melhor tratamento. Algumas características do respirador oral para os quais devemos estar atentos: • indivíduos que roncam e babam a noite; • sensação de boca seca ao acordar; • menor rendimento físico; • diminuição do olfato e paladar; • gengivas hipertrofiadas (tamanho aumentado); • olheiras; • lábios hipotônicos (moles); • nariz geralmente entupido; • língua muito flácida e anteriorizada; • assimetrias faciais; • deglutição atípica; • respiração ruidosa; • mastigação ruidosa; • cabeça mal posicionada; • mordidas cruzadas unilaterais; etc…

O tratamento parte da conscientização da respiração nasal e a importância do uso do nariz e do fortalecimento da musculatura oral. É imprescindível a orientação à família quanto à mudança de comportamento ao dormir e o tipo de alimentação, que deverá conter mais alimentos sólidos, melhorando a hipotonia dos órgãos fonoarticulatórios. O trabalho com o respirador bucal não é limitado à fonoaudiologia. Muito pelo contrário, normalmente temos um otorrinolaringologista e um ortodontista acompanhando o caso.

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